Somos a soma daquilo que é vivido, subtraído no presente, multiplicado para o futuro. Isso em todo aspecto da vida. Adquirimos teorias e aperfeiçoamos práticas. Entre teoria e praticas, tem uma práxis, que a teoria efetivada na pratica, sempre buscou da conta daquilo que sempre defendemos e exaltamos com todo ímpeto, que chamamos de amor. Este amor, quando romanceado nos leva a um deleite sem igual. Quando o trazemos para a vida real, ele continua a trazer o mesmo deleite. Contudo com um diferencial. Sou eu que agora vivo este relacionar-se com o outro(a), e também vejo que este outro(a), real, me custa muito, dentro de meu mundo ideal. O meu mundo ideal pertence mim. O outro(a) comunga com minha ideia de mudo, de vida, de amor.
O amor para
ser vivido em sua inteireza ele precisa antes ser concebido e criado. Veja o
escultor. Da madeira, da pedra: materiais resistentes, o escultor concebe no
seu ideal o que ele pode trazer para o real: a escultura. Ele lasca a pedra ou
a madeira com brutal força até a material prima dar forma àquilo que ele
idealizou.
Chega o
memento que não é mais preciso a força bruta. É, pois, a vez do polimento. Fruímos
do prazer de contemplar o real que o ideal projetou.
Amor é essa
práxis: teoria e prática. Ideia e busca de sua realização.
Ninguém nasce
sabendo amar. Nasce com a necessidade amor e para merecê-lo aprende amar. E “amar
só se aprende amando”. Exigindo e renunciando. Exigindo atenção, e renunciando
aquilo que leva o(a) amado(a) a se conflitar. O amor não exige nada, mas amar
exige tudo. Em primeiro lugar, a cumplicidade de quem ama. O amor é paciente e
prestativo. Não é invejoso, arrogante nem orgulhoso e nada faz de
inconveniente. Não procura o seu próprio
interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta (1 Cor 13, 4-5.7).
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Pe. José Antonio dos Santos
Muito bom o texto! O blog está bem dinâmico!
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