quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A fé é a resposta integral do homem a Deus



FÉ: UM DOM GRATUITO DE DEUS

                                                                                                                    Pe. José Antonio dos Santos

A fé
A fé é aquilo pelo que o homem se torna agradável a Deus e se põe a caminho da salvação; a fé é uma adesão pessoal do homem inteiro a Deus que revela. Ela inclui uma adesão da inteligência e da vontade à revelação que Deus fez de Si mesmo pelas suas ações e palavras.
Para a Bíblia a fé é a resposta integral do homem a Deus, que se revela como Salvador. Ela acolhe as palavras, as promessas e os mandamentos de Deus; é simultaneamente submissão confiante a Deus que fala, e adesão do espírito a uma mensagem de salvação.
O Antigo Testamento crer, de fato, é entregar-se a Deus (Gn. 15, 6). Entregar-se à palavra salvifica de um Deus que conduz a história e que fez a aliança primeiro com os pais e depois com seu povo, Israel. Assim Abrão confiou sem reservas na promessa de Deus, plenamente persuadido de que se cumpriria: “Ele creu no Senhor que lho creditou com justiça” (Gen. 15, 6). O povo de Israel nasceu justamente da fé, no poder, na preeminência e na solicitude de Javé, o Deus da Aliança (Ex. 19, 1).
O Novo Testamento no qual em Jesus Cristo se opera a fusão da história da salvação com o Verbo de Deus encarnado, o objeto da fé é definido de maneira mais concisa e a importância do caminho a percorrer se impõe mais explicitamente. A fé é a exigência primaria de Jesus, é, segundo o Evagélho a condição suficiente para a salvação. Segundo São João, a fé é o caminho do homem inteiro – conhecimento e compromisso – que se dirige à pessoa de Jesus Cristo.
A fé como dom gratuito de Deus
Quando São Paulo confessa que Jesus é o Cristo Filho do Deus vivo, Jesus lhe declara que esta revelação na lhe veio “da carne e do sangue, mas do Pai que está no céu” (Gal 1, 15). A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. Para que se preste essa fé, exigem-se a graça prévia e adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo. Além do mais, esse dom, é necessário, “para obter esta salvação, crer em Jesus Cristo e naquele que o enviou para a nossa salvação” (Mc 16, 16). Como, porém, “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11, 6).
A fé como um ato humano
Crer só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo. Mas não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não contraria nem a liberdade, nem a inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas.
Embora, a razão iluminada pela fé jamais poderá conhecer totalmente o mistério (Rm 11, 33; 1Tm 6, 16). A razão não pode compreender, explicar e penetrar no mistério; poderá compreender o significado das verdades reveladas, não a de Deus (Dz. 1806).
A fé e a inteligência
Alcance das razões para crer – o motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Cremos por causa da autoridade de Deus mesmo que revela e que não pode enganar-se nem enganar-nos. Todavia, para que o obstáculo da nossa fé fosse conforme à razão Deus quis, que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados das provas exteriores da sua revelação.
A fé é certa, mas certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria palavra de Deus que não pode mentir. Sem duvida, as verdades reveladas podem parecer obscuras à razão e a experiência humana, mas a certeza dada pela luz divina é maior do que a que é dada pela luz da razão natural.
 A fé é um dom gratuito de Deus. Mas, podemos perder este dom inestimável (cfr. 1 Ti 1. 18-19). “ Para viver, crescer e perseverar até o fim na fé, devemos alimentá-la” (Catecismo, 162). Devemos pedir a Deus que nos aumente a fé (cfr. Lc 17, 5) e que nos faça“fortes in fide” (1 Pe 5, 9). Para isto, com a ajuda de Deus, é preciso fazer muitos atos de fé.
Todos os fiéis católicos estão obrigados a evitar os perigos para a fé.
Difundir a fé.”Não se acende uma luz para pô-la debaixo de um alqueire, mas sobre um candeeiro… Brilhe assim vossa luz diante dos homens” (Mt 5, 15-16). Recebemos o dom da fé para propagá-lo, não para ocultá-lo (cfr. Catecismo, 166). Não se pode prescindir da fé na atividade profissional. É preciso informar toda a vida social com os ensinamentos e o espírito de Cristo.
Senhor eu creio, mas aumenta a minha fé!

fonte: Catecismo da Igreja Católica

Um comentário:

  1. Goosteii Padre Sempre Que Puder vou ver suas publicações^^

    - Laurinha Nicacio

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