Durante a segunda etapa de sua visita pastoral à
Toscana, o Papa Bento
XVI recordou no domingo,dia13 de maio, que a ciência que se afasta
de Deus, está envenenada pela vaidade e é incapaz de admirar a criação do
Senhor.
Ao deslocar-se ao Santuário de La Verna para um
encontro com a Comunidade dos Frades Menores Franciscanos e as Religiosas
Clarissas, Bento XVI
explicou que “precisamente, a humildade
é a porta de toda virtude”, e com efeito, “com o orgulho intelectual da investigação encerrada em si mesmo não é possível alcançar Deus”.
“Que não creia (o homem), que lhe basta a leitura
sem unção, a especulação sem devoção, a investigação sem admiração, a
consideração sem exultação, a indústria sem piedade, a ciência sem caridade, a
inteligência sem humildade, o estudo sem a graça divina, o espelho sem a
sabedoria divinamente inspirada”, disse o Santo Padre, recordando as palavras
do Doutor de São Boaventura.
Bento XVI indicou que “só deixando-se iluminar
pela luz do amor de Deus, o homem e a natureza inteira podem ser resgatados, e
a beleza pode finalmente refletir o esplendor do rosto de Cristo como a lua
reflete o sol”.
Além disso, inspirado por São Francisco de Assis,
o Papa assinalou que “não basta
declarar-se cristão para ser cristão, nem procurar simplesmente cumprir as
obras do bem. Mas é necessário conformar-se com Jesus, com um lento e
progressivo compromisso de transformação do próprio ser, a imagem do Senhor,
para que pela graça divina, cada membro do Corpo d’Ele que é a Igreja, mostre a
necessária semelhança com a Cabeça, Cristo Senhor”.
O Santo Padre animou os religiosos a “fazerem uma
ponte entre Deus e o homem”, e recordou que a vida consagrada “tem a
tarefa específica de testemunhar com a palavra e o exemplo de uma vida, segundo
os conselhos evangélicos, a fascinante historia de amor entre Deus e a
humanidade que atravessa a história”.
“O amor de Deus e do próximo continua animando a
preciosa obra dos franciscanos em sua comunidade eclesiástica. A profissão dos
conselhos evangélicos é um caminho mestre para viver a caridade de Cristo. E
neste lugar abençoado, peço ao Senhor que siga enviando novos trabalhadores à
sua vinha”.
Bento XVI convidou especialmente os jovens a
escutarem o Senhor, “para que quem for chamado por Deus responda com
generosidade e tenha a coragem de dar-se na vida consagrada e no sacerdócio
ministerial”.
O Santo Padre ressaltou a contemplação da cruz
como caminho para a santidade, e neste sentido, indicou que “a cruz gloriosa de
Cristo reassume o sofrimento do mundo, mas sobre tudo é sinal tangível do amor,
e medida da bondade de Deus para o homem”.
“Também nós estamos chamados a recuperar a
dimensão sobrenatural da vida, a elevar os olhos daquilo que é circunstancial
para voltar a confiar-nos completamente ao Senhor, com o coração livre e em
perfeita alegria, contemplando o Crucifixo para que nos fira com seu amor”.
“A mente
deve ir dirigida à Paixão de Jesus”, porque “para que tenha eficácia, nossa
oração necessita lagrimas, quer dizer, necessita da participação interior de
nosso amor que responde ao amor de Deus”, concluiu Bento XVI.
fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/santa-se/bento-xvi-a-ciencia-que-se-afasta-de-deus-esta-envenenada-pela-vaidade/
Nenhum comentário:
Postar um comentário