O brasão
Foram hoje apresentados o brasão
e o lema do Papa Francisco, para o seu pontificado, que mantêm os símbolos que
usou enquanto cardeal e arcebispo de Buenos Aires. “No essencial, o Papa
Francisco decidiu manter o seu brasão anterior, escolhido desde a sua
consagração episcopal e caracterizado por uma linearidade simples”, refere um
comunicado da Santa Sé, divulgado pelo Padre Lombardi, em encontro com os
jornalistas.
O brasão contém um escudo azul
coberto pelos símbolos da dignidade pontifícia (mitra entre chaves de ouro e
prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho), com o monograma com as
letras do nome de Jesus em latim (IHS), monograma proposto por São Bernardino
de Sena (séc. XV) e adotado por Santo Inácio de Loyola (séc. XVI) como emblema
da Companhia de Jesus. Por baixo, no brasão de Papa Francisco, uma estrela e
uma flor de nardo, simbolizando, respetivamente, Nossa Senhora e São José
(patrono da Igreja, neste caso representado de acordo com a iconografia
hispânica).
O lema, “miserando atque
eligendo”, evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “olhou-o com
misericórdia e escolheu-o”. A expressão é retirada de uma homilia de São Beda o
Venerável (séculos VII-VIII), e corresponde a “uma homenagem à misericórdia
divina”. Este lema e “programa de vida” evoca um episódio da vida do Papa
argentino, que na festa de São Mateus, em 1953, “experimentou, com 17 anos de
idade, de um modo muito particular, a presença amorosa de Deus na sua vida”. “A
seguir a uma confissão, sentiu o seu coração ser tocado e percebeu a descida da
misericórdia de Deus, que com olhar de terno amor o chamava à vida religiosa,
no exemplo de Santo Inácio de Loiola”.
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