"Strategia
della calunnia" - A estratégia de Calúnia
A estratégia da calúnia foi
iniciada antes mesmo que o Helicóptero conduza Bento XVI a Castel Gandolfo
Antes que soem os sinos que
tenha inicio a “Sé vacante” com um Papa vivente, testemunha orante escondido do
mundo.
Está a todo vapor, e nenhum
denuncia o escândalo: Os grandes jornais hospedam textos que falam de
competições, ganância de poder, imoralidades sexuais, como base de um lobby
para-criminal que aflige o clero.
A chave de interpretação para
o abandono do ministério Petrino da parte do bispo de Roma tem sido apresentada
como uma fuga diante de intrigas, de manipulações como fundamento da Igreja. Em
cujo coração não estaria então a fé, a cultura, a racionabilidade de uma
experiência de um homem à luz do credo cristão, não a vida e a santificação das
consciências, mas a manipulação clerical. Para grandes jornalistas como
"De”Gregorio" do jornal “Repubblica” ou Franco do “Corriere” não
contam as homilias de Ratzinger, a trajetória aventurosa e vitoriosa de João
Paulo II, a pregação cristã que mudou a história da Europa e do mundo, o
exercício espiritual em uma quietude bíblica, a filosofia e a oração, a
teologia e os grandes discursos sobre o espaço público, sobre o direito
positivo e suas bases de legitimidade, como viver, como decidir a política, as
coisas dita em Ratisbona, aos Bernardins, ao Bundestag, em Londres sobre a
figura de pensador mais extraordinária daquele tempo, o Cardeal John H. Newman.
Para milhões de leitores fiéis e leigos, o relato é diverso!
A mídia procura rebaixar a
Igreja ao seu próprio nível, às fofocas políticas.
Procuram devorar a realidade e
exorcizá-lo com os gargarejos do pequeno mistério do palácio. A mídia não é
formada de quaisquer pessoas, mas são militantes, se fazem instrumento de
fofocas e falsas divulgações, perpetuam uma tradição pecaminosa, mais ainda na
era da comunicação global, como recordou Bento XVI, deturpou também o rosto do
Vaticano II, as emboscadas se tornaram um sistema, os “leaks” mesmo simples e
pobres de conteúdo se tornaram uma maneira uniforma e obrigada, algumas vezes
deprimente, de compreender as coisas sem alternativa de liberdade.
A Igreja transmitida com estes
“meiozinhos” às futuras gerações é obscura, é aquela dos relatos mitológicos,
hoje em voga, é hermética e suja, é tudo aquilo que não se quer ver nem conhecer.
Não é a Igreja que se pode olhar com
interesse e confiança. Que se interroga sobre grandes questões antropológicas
do mundo contemporâneo, não é o povo de Deus que busca na sua fé a resposta às
questões decisivas sobre a vida, sobre a ciência, o amor, o matrimônio, a
família. O clero é um eterno suspeito, aplicam-se denúncias invalidantes também
com petições populares para excluir os cardeais do direito de eleger um Papa no
conclave, mãos limpas, mas de cor vermelha!
Uma vergonha que cheira à
pressão externa, com o objetivo de limitar a liberdade de funcionamento do
organismo tradicional da Igreja, de manchar a tradição e os protocolos que
foram afirmados durante séculos e que sobreviveram a tiranias, guerras,
catástrofes históricas, dramas e espetáculos da Cidade de Deus, da cidade dos
dois amores.
Já há alguns anos aqui, neste
jornal, havia notado com dor que após a grande estadia de João Paulo II e do
início do Papa Ratzinger tinha chegado a fase do redobrar-se, a igreja de Roma
estava sendo colocada na defensiva, a universalidade do seu ensinamento, era
contestável e discutível. Estava sendo humilhada e marginalizada por meio de
campanhas de ódio e de denúncia cheia de distorções e falsidades, até a
demolição dos túmulos dos Padres Conciliares na Bélgica. Vimos a disseminação do preconceito de estado e legal no tratamento dos
casos de abuso sexual de menores, casos circunscritos, mas monados como uma
gigantesca montanha de creme envenenada por sistemas culturais e de comunicação
marcados por uma feroz vocação anticatólica, modernista, com a pretensão de
interferir na Igreja, reformá-la, mudá-la, adequá-la à força aos ditames do
tempo. No ano passado evocaram a possibilidade de um abandono do Papa neste
espírito: a revitalização de toda a energia necessária para quebrar um cerco
que durou muito tempo. Agora, no entanto, querem condicionar e influenciar, por
assim dizer, também o conclave e a eleição do Sucessor de Pedro.
Temos que esperar que os
católicos, desde o Papa até o último fiel, se rebelem a tempo e saibam dizer
que a Igreja com a sua sabedoria, com os seus tempos, na liberdade e na
autonomia, fará tudo aquilo que deve para difundir as razões da sua fé, a
altura moral das suas dúvidas. E para avançar em um diálogo adulto com o mundo
contra o último grande assalto secularista ao direito de ser e de se dizer
cristão e católico!
Artigo de Giuliano Ferrara
(jornalista não-crente) do Jornal "Il Foglio" da Itália. Traduzido
para o português pelo Seminarista Wendell Mendonça. Pesquisa: Hugo Rocha - Administrador
da Página "Amigos de Dom José Francisco"