Oh vida bandida!
Pe. José Antonio dos Santos
Todo compositor se sente mais
fruído de inspiração quando passa por um momento importante em sua vida e, é
nesse momento que compõe a sua mais bela canção. Tomemos com exemplo Johann Sebastian
Bach e muitos outros interpretes da vida através das mais belas canções. Não sou
compositor, muito menos cantor, mas danço no “grande baile da vida”. Oh vida
bandida! Vida é como uma canção que dá o seu tom ou os seus tons de acordo
segundo a sua nota composta, e nós, interpretes da grande canção dançamos
conforme a música. Mas tem musicas que não foram feitas para a dança, só para serem
ouvidas e são estas que nos levam mais longe que as que foram feitas para a
dança.
A música faz
bem à alma e a dança ao corpo, porém, ao dançar às vezes pisamos onde não
queremos e machucamos os pés de quem nos proporciona a honra da dança. Dançar é
arriscar a pisar os pés de quem não queremos machucar. Correndo o risco não
deixamos de dançar, já que a honra nos foi concedida. Um machucão aqui outro machucão
ali, nos tornamos grandes dançarinos no balé da vida. Oh vida bandida!
Quando ouvimos uma boa canção elevamos
nossa alma aos mais altos lugares e abscônditos da vida e nos inspiramos a
compor a outra canção que nos leva a saborear melhor a que já ouvimos. E quando
a ouvimos com a alma, trágica ou festiva, a canção nos faz mais pessoa, porque
ela nos faz crescer. Pois música deixa ao intérprete a possibilidade de agir
sobre essa estrutura, determinando a duração das notas, ou a sucessão dos sons,
ou a sua intensidade, num ato de improvisação criadora. Ai a vida deixa de ser
bandida e vira uma grade mestra. Mestra da
vida.
É hora de dançar conforme a música
porque foi esta a proporcionada para o momento da vida e a vita est breve.
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