terça-feira, 24 de abril de 2012


FESTA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE BELO MONTE
Pe. José Antionio dos Santo, 24 de abril de 2011


Excelentíssimo Sr. Prefeito Avânio Feitosa
Excelentíssimos Srs. vereadores
Secretariado e funcionários públicos
Comunidades presentes e povo de Deus.

            "Belo Monte garbosa se orgulha por hoje celebrar seu aniversário". Aniversário este, que é da sua emancipação, emancipação também, "dos filhos deste solo" que  "és mãe gentil", ó garbosa Belo Monte: 54 anos completas.
            O que quer dizer, então, emancipação? Emancipação possui uma definição jurídico-filosófica no campo da filosofia que fala sobre a capacidade civil de indivíduos, emancipação no sentido de independência política etc. Destarte, Belo Monte tem a graça de celebrar no tempo em tempo que aquele que foram emancipados por Cristo e em Cristo, tempo da Páscoa da Ressurreição do Senhor Jesus. Nada mais justo que celebra este momento com a grande celebração, no dizer dos padres orientais, o que nós chamamos no Ocidente de eucaristia: reconhecimento e ação de graças.
Festeja a emancipação de uma cidade, é festejar a liberdade de um povo que adquiriu identidade própria
            Reconhecemos que na busca de sua emancipação, Belo Monte teve suas idas e vindas como  Povo de Deus, quando buscava a terra prometida. Entre sucessos e insucessos o povo de Deus chegou lá. Chegaremos nós, também, não só na terra prometida, mas na terra desejada. E, que o nosso desejo seja o desejo de todo cristão, quando consciente pede: "seja feita atua vontade assim na terra como no céu. Como reza um dístico no seu hino: "Belo Monte exalta sua gente no civismo, na fé e no valor".
            Emancipação, liberdade, acontecerá quando o povo seu unir, quando extirpar o egoísmo, a soberba, a falsidade e o cinismo e, "viver respaldado pelas palmas da coerência".
            A incoerência endurece a servis, a cabeça e o coração do homem. como nos mostra a  leitura dos Atos dos Apóstolos: "Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvidos"! A incoerência leva o povo a matar o Autor da vida e afastar-se vida mergulhando numa cultura de morte. Vivemos em um país que primeiro busca matar a consciência religiosa, depois dos indefesos (o aborto dos anencéfalos), e há longo prazo veremos a morte dos que não produz mais (eutanásia para os incapacitados, a saber, também os idosos).
            Belomontesses, em busca da "terra gloriosa" os judeus pedem um sinal, do tipo do maná: pão do céu, como garantia de sucesso da mesma. no Evangelho, a multidão pede realização de sinais: prova miraculosas como condição para a fé. No entanto, a fé racional, que se funda nos milagres, fica por si mesma exposta à dúvida e necessita de novas e maiores provas. Jesus pediu a fé na sua pessoa, como enviado do Pai, como Messias. O sinal de Jesus é o dom de si mesmo, como pão que alimenta, no resgate e no cultivo da vida. É a transformação das pessoas, que, acolhendo seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros. Jesus é o Libertador que anuncia um novo êxodo, não como Moisés, que deu o maná: o pão do céu, mas como aquEle único Pão que sacia a fome do homem, Pão da vida, de plenitude, de felicidade. sem ele a vida do homem e da humanidade não tem futuro.
            Cantemos por fim a última estrofe desse belo hino, que animado pelo Espírito do Salvador, o padre Reginaldo profetizou compondo: "Neste solo felizes seus filhos, aspirando crescer no porvir, com esforço, trabalho e coragem, vão na luta, riqueza exaurir"! Enquanto a vontade das pessoas se convertem na necessidade de a mercadoria como essência da emancipação política e não como irmãos, o homem degradá-se a si próprio como meio e converte-se em joguete de poderes alienados. Nesta cidade ribeirinha, pulcra e pacata, desejosos de crescimento futuro (digo, aspirando crescer no porvir). Alienados não percebemos os sinais e nos achamos felizes ao ponto de não ver exaurir as riquezas: a fauna, aflora e a pesca; as  riquezas mais valiosas: a amizade, a civilidade, a fraternidade, a harmonia e a paz.
                        De um povo heróico "Belo Monte garbosa se orgulha do valor das riquezas da terra:  pecuária e lavoura [que] são vida, que seu solo fecundo encerra!" Cinqüenta e quatro anos completas. Data bem significativa. Não pertecemos mais a Traipú nem a Pão de Açúcar ou Batalha,temos  agora liberdade, liberdade que deve ser exaltada por sua gente no civismo, na fé e no valor ao outro.
                        Cinqüenta são os dias que celebramos a festa da nossa emancipação: festa da Ressurreição do Senhor, que se encerra com a festa do Pentecostes. Quatro, são as colunas da Igreja a quem chamamos Mãe. E, que a Mãe do Bom Conselho, a Beata Virgem Maria Mãe de Deus, dos crente e não crente, cubra-nos com o seu manto protegendo-nos das intempéries da vida. Assim seja, amém
           
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário