FESTA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE BELO MONTE
Pe. José Antionio dos Santo, 24 de abril de 2011
Excelentíssimo
Sr. Prefeito Avânio Feitosa
Excelentíssimos
Srs. vereadores
Secretariado
e funcionários públicos
Comunidades presentes e povo de Deus.
"Belo Monte garbosa se orgulha
por hoje celebrar seu aniversário". Aniversário este, que é da sua emancipação,
emancipação também, "dos filhos deste solo" que "és mãe gentil", ó garbosa Belo
Monte: 54 anos completas.
O que quer dizer, então,
emancipação? Emancipação possui uma definição jurídico-filosófica no campo da
filosofia que fala sobre a capacidade civil de indivíduos, emancipação no
sentido de independência política etc. Destarte, Belo Monte tem a graça de
celebrar no tempo em tempo que aquele que foram emancipados por Cristo e em
Cristo, tempo da Páscoa da Ressurreição do Senhor Jesus. Nada mais justo que
celebra este momento com a grande celebração, no dizer dos padres orientais, o
que nós chamamos no Ocidente de eucaristia: reconhecimento e ação de graças.
Festeja a
emancipação de uma cidade, é festejar a liberdade de um povo que adquiriu
identidade própria
Reconhecemos que na busca de sua
emancipação, Belo Monte teve suas idas e vindas como Povo de Deus, quando buscava a terra prometida.
Entre sucessos e insucessos o povo de Deus chegou lá. Chegaremos nós, também,
não só na terra prometida, mas na terra desejada. E, que o nosso desejo seja o
desejo de todo cristão, quando consciente pede: "seja feita atua vontade
assim na terra como no céu. Como reza um dístico no seu hino: "Belo Monte
exalta sua gente no civismo, na fé e no valor".
Emancipação, liberdade, acontecerá
quando o povo seu unir, quando extirpar o egoísmo, a soberba, a falsidade e o
cinismo e, "viver respaldado pelas palmas da coerência".
A incoerência endurece a servis, a
cabeça e o coração do homem. como nos mostra a
leitura dos Atos dos Apóstolos: "Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvidos"!
A incoerência leva o povo a matar o Autor da vida e afastar-se vida mergulhando
numa cultura de morte. Vivemos em um país que primeiro busca matar a
consciência religiosa, depois dos indefesos (o aborto dos anencéfalos), e há
longo prazo veremos a morte dos que não produz mais (eutanásia para os
incapacitados, a saber, também os idosos).
Belomontesses, em busca da
"terra gloriosa" os judeus pedem um sinal, do tipo do maná: pão do
céu, como garantia de sucesso da mesma. no Evangelho, a multidão pede
realização de sinais: prova miraculosas como condição para a fé. No entanto, a
fé racional, que se funda nos milagres, fica por si mesma exposta à dúvida e
necessita de novas e maiores provas. Jesus pediu a fé na sua pessoa, como
enviado do Pai, como Messias. O sinal de Jesus é o dom de si mesmo, como pão
que alimenta, no resgate e no cultivo da vida. É a transformação das pessoas,
que, acolhendo seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros. Jesus é
o Libertador que anuncia um novo êxodo, não como Moisés, que deu o maná: o pão
do céu, mas como aquEle único Pão que sacia a fome do homem, Pão da vida, de
plenitude, de felicidade. sem ele a vida do homem e da humanidade não tem
futuro.
Cantemos por fim a última estrofe
desse belo hino, que animado pelo Espírito do Salvador, o padre Reginaldo profetizou
compondo: "Neste solo felizes seus filhos, aspirando crescer no porvir, com
esforço, trabalho e coragem, vão na luta, riqueza exaurir"! Enquanto a
vontade das pessoas se convertem na necessidade de a mercadoria como essência
da emancipação política e não como irmãos, o homem degradá-se a si próprio como
meio e converte-se em joguete de poderes alienados. Nesta cidade ribeirinha,
pulcra e pacata, desejosos de crescimento futuro (digo, aspirando crescer no porvir). Alienados não percebemos os sinais e
nos achamos felizes ao ponto de não ver exaurir as riquezas: a fauna, aflora e a pesca;
as riquezas mais valiosas: a amizade, a
civilidade, a fraternidade, a harmonia e a paz.
De
um povo heróico "Belo Monte garbosa se orgulha do valor das riquezas da
terra: pecuária e lavoura [que] são
vida, que seu solo fecundo encerra!" Cinqüenta e quatro anos completas.
Data bem significativa. Não pertecemos mais a Traipú nem a Pão de Açúcar ou Batalha,temos
agora liberdade, liberdade que deve ser exaltada
por sua gente no civismo, na fé e no valor ao outro.
Cinqüenta são os dias
que celebramos a festa da nossa emancipação: festa da Ressurreição do Senhor,
que se encerra com a festa do Pentecostes. Quatro, são as colunas da Igreja a
quem chamamos Mãe. E, que a Mãe do Bom Conselho, a Beata Virgem Maria Mãe de
Deus, dos crente e não crente, cubra-nos com o seu manto protegendo-nos das
intempéries da vida. Assim seja, amém
Nenhum comentário:
Postar um comentário