sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Papa congratula-se com colaboração entre pastores africanos e europeus e pede aposta na família e cultura para contrariar hedonismo e indiferença religiosa
   
 Audi�ncias e Angelus > 16/02/2012 13.14.11


Família, formação dos jovens, promoção das vocações, atenção à dimensão cultural – foram prioridades sublinhadas pelo Papa, ao receber, nesta quinta-feira, no Vaticano, um numeroso grupo de bispos africanos e europeus, representantes respectivamente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar e do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, reunidos em Roma para se confrontarem sobre o tema da evangelização, à luz da recíproca comunhão e da colaboração pastoral que se estabeleceu entre as Igrejas africanas e européias, na seqüência de um primeiro simpósio realizado em 2004.

O Papa deu graças a Deus pelos frutos espirituais produzidos pelas relações de amizade e cooperação entre as comunidades eclesiais dos dois continentes. “Partindo de diferentes ambientes culturais, sociais e econômicos, vós valorizastes a comum tensão apostólica para anunciar à vossa gente Jesus Cristo e o seu Evangelho, no estilo da partilha de dons. Continuai nesta fecunda estrada de fraternidade ativa e de unidade de objetivos, ampliando cada vez mais os horizontes da evangelização”.

Bento XVI recordou também os sérios desafios com que se debatem hoje, tanto na Europa como na África, os pastores da Igreja: indiferença religiosa, hedonismo, pornografia, prostituição. Fatos que interpelam a consciência pastoral e o sentido de responsabilidade dos Bispos europeus e africanos, mas não hão de os levar ao desânimo. Prevaleça a esperança e a certeza de que existem na sociedade e na Igreja “não poucas forças boas”, que constituem “células vivas e vitais da nova evangelização”.


“A família esteja no centro das vossas atenções de Pastores: sendo igreja doméstica, ela é também a mais sólida garantia para a renovação da sociedade. Na família se conservam usos, tradições, costumes, ritos impregnados de fé. Ela é o terreno mais apropriado para o florescer de vocações… A família é também o fulcro formativo da juventude”. “A Europa e a África têm necessidade de jovens generosos, que saibam assumir-se a responsabilidade do seu futuro” – concluiu o Papa, aludindo ainda à dimensão cultural, pedindo aos bispos presentes que não descurem este aspeto na sua ação pastoral.


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