domingo, 30 de outubro de 2011

O compromisso comum do Papa com os representantes religiosos e agnósticos de boa vontade a favor da justiça e da paz no mundo, na conclusão do Encontro de Assis



Concluindo nesta sexta-feira dia 28 de outubro de 2011, ao fim da tarde, o encontro de reflexão, diálogo e oração pela justiça e paz no mundo, Bento XVI recordou que a “dimensão espiritual” é um “elemento-chave para a construção da paz”, acrescentando: "Através desta peregrinação única, fomos capazes de nos comprometermos num diálogo fraterno, aprofundar a nossa amizade e caminhar juntos em silêncio e oração”.
Líderes cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, budistas, representantes de religiões africanas e asiáticas, bem como um grupo de agnósticos, renovaram neste encontro um ‘solene compromisso comum pela paz’, em variadas línguas, incluindo o árabe e o hebraico, o russo e o japonês, seguindo a fórmula utilizada no anterior encontro de Assis, em 2002, um ano depois da tragédia de 11 de Setembro. Bento XVI renovou as palavras então pronunciadas por João Paulo II: “Nunca mais a violência! Nunca mais a guerra! Nunca mais o terrorismo! Que, em nome de Deus, cada religião leve à terra justiça e paz, perdão e vida, amor!”

O cardeal Jean - Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, afirmou que “a esperança há-de prevalecer sobre o medo” e que ninguém se pode “resignar” diante das guerras. E o Santo Padre, na declaração final, em inglês, encorajou todos os presentes a prosseguir o caminho empreendido:
“Vamos continuar a reunir-nos, vamos continuar a estar juntos nesta caminhada, em diálogo, na construção diária da paz e no nosso compromisso por um mundo melhor, um mundo no qual cada homem e mulher, cada povo, possam viver de acordo com as suas legítimas aspirações”.

O “compromisso comum” lido, em variadas línguas, por 12 líderes religiosos e um representante dos agnósticos, exprime a “convicção de que a violência e o terrorismo se opõem ao autêntico espírito religioso”, condenando “qualquer recurso à violência e à guerra em nome de Deus ou da religião”. A convivência “pacífica e solidária”, a promoção de uma “cultura do diálogo” e o respeito pelas convicções de “crentes e não crentes” foram também sublinhadas neste momento solene, que culminou num tempo de recolhimento geral, em silêncio, como apelo interior à conversão e ao sentido de responsabilidade, introduzido por uma exortação do Papa.
Após renovarmos o nosso compromisso pela paz e termos trocado uns com os outros um sinal de paz, sentimo-nos ainda mais profundamente envolvidos, juntamente com todos os homens e mulheres das comunidades que representamos, na nossa comum caminhada humana”.

Foi também o Papa a explicar o gesto escolhido para a conclusão do encontro - a entrega aos participantes de uma lamparina, símbolo do desejo de serem “portadores, em todo o mundo, da luz da paz”. Para além das lamparinas, foram largadas pombas brancas, algumas das quais acabaram por ir parar ao meio da assembleia.
No final, Bento XVI referiu expressamente os jovens que realizaram, a pé, a peregrinação (subindo até à parte alta de Assis) testemunhando assim “como, entre as novas gerações, são muitos os que se empenham para superar violências e divisões”.
Concluído o momento celebrativo, os participantes que o desejaram desfilaram, em silêncio, com momentos de recolhimento, perante o túmulo de São Francisco, na cripta da basílica inferior de Assis.
Sobre o acontecido, escreve Dom Henrique em seu blog (http://costa_hs.blog.uol.com.br/): “O que eles não fizeram ali? Não rezaram juntos, pois não creem no mesmo deus.
Não rezaram juntos, porque seria um faz-de-conta e um desserviço ao sentido verdadeiro do que é a religião – que não é relativismo nem sincretismo, mas certeza de uma Verdade.
Ao invés da oração conjunta, fizeram todos um momento de silêncio para uma reflexão ou uma oração pessoal de acordo com sua crença...
Não se tenha dúvida: crer é melhor que não crer! Se é verdade que somente o cristianismo é a religião verdadeira e somente na Igreja católica subsiste a Igreja de Cristo, não é menos verdade que é mais humano professar uma crença religiosa e toda religião exprime a bendita saudade que todo ser humano tem do Infinito. Eis Assis. Só isto, tudo isto, nada mais que isto”!

Concordo com ele em gênero e grau. Respeitemos o pluralismo religioso, mas não nos conformemos com o irenismo. O papa Bento XVI não estava fazendo irenismo, entendam. Sim, um diálogo inter-religioso.

XXXI DOMINGO COMUM



Em quanto eu rezava a liturgia deste XXXI domingo o meu coração ardia com um misto de gozo e medo. Gozo por saber que a catequese dominical se dirigiu a nós pastores, e medo em imortalizar o farisaísmo quando lembro das rubricas e normas canônicas e da pastoral. Tenho me esforçado. Quando chegam assuntos periclitantes, sinto o peso da responsabilidade e penso que não vou suportar. O gozo aumenta porque sei que não carrego esse peso sozinho. Aquele diz que seu julgo é suave e o seu fardo é leve (Mt 11,30) nos ajuda a carregar.

domingo, 23 de outubro de 2011

Sementes para novos cristãos


fonte: MSN Brasil
Caros internautas, e blogueiros,

Fui abri minha caixa de email e vi esta reportagem cujo titulo “Protesto religioso, datado de 26/10, onde um grupo de cristãos egípcio diz ter sido alvo de represália por parte da policia. E, que entre as 25 pessoas mortas eram todas civis. 
Acredito que eles estavam reivindicando liberdade religiosa. Vemos nisso o que são Paulo escreve a comunidade de Tessalônica: “O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação. E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia (1 Tl 1, 5c-10)”. Vemos que a palavra de Deus é sempre atual.
O portal R7 diz que “dezenas de milhares de egípcios se manifestaram nesta sexta-feira (29/10) na praça Tahrir (centro do Cairo) em um protesto com caráter islâmico, que está sendo um dos maiores desde a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak”. 

O primeiro-ministro egípcio Essam Sharaf argumente que os confrontos ocorridos não são confrontos entre muçulmanos e cristãos, mas tentativas de provocar o caos e divergências na política interna. Peçamos ao Senhor Deus que coloque seu dedo miraculoso e misericordioso sobre essa nação, para que ele se torne santa. Porem, o que falta mesmo é que nós amemos o Senhor Deus com todo nosso coração, com toda nossa alma e com todo o nosso espírito (Dt 6,5) e ao próximo como a nós mesmo (Lv 19,18). Mas como somos inconstantes, devemos amar como Jesus nos ama.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Papa anuncia a celebração de um "Ano da Fé", de outubro de 2012 a novembro de 2013, pelos 50 anos do início do Concílio Vaticano II

Nos 50 anos da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II, a partir de 11 de Outubro 2012, a Igreja celebrará um “Ano da Fé”. Anunciou-o o Papa na Missa celebrada em São Pedro, no final do encontro com pessoas “empenhadas, em muitas partes do mundo, nas fronteiras da nova evangelização”:
“Decidi proclamar um ‘Ano da Fé’, que terei modo de ilustrar com uma Carta Apostólica. Terá início a 11 de Outubro de 2012, no quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, e concluir-se-á a 24 de Novembro de 2013, solenidade de Cristo Rei do Universo. Será um momento de graça e de empenho para uma cada vez mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo”.
Comentando as leituras deste domingo, Bento XVI começou pelo texto de Isaías, que “nos diz que Deus é uno, é único; não há outros deuses para além do Senhor, e mesmo o potente Ciro, imperador dos persas, faz parte de um projeto maior, que só Deus conhece e conduz”. Esta Leitura – fez notar o Papa – “dá-nos um sentido teológico da história: as mutações epocais, o suceder-se das grandes potências encontram-se sob o supremo domínio de Deus; nenhum poder terreno pode ocupar o seu lugar”
“A teologia da história é um aspeto importante, essencial, da nova evangelização, porque os homens do nosso tempo, após a nefasta época dos impérios totalitários do século XX, têm necessidade de reencontrar um olhar abrangente sobre o mundo e sobre o tempo, um olhar verdadeiramente livre, pacífico”.
Trata-se – sublinhou o Papa – daquele olhar que o Concílio Vaticano II transmitiu nos seus Documentos, e que Paulo VI e João Paulo II ilustraram com o seu magistério.
Prosseguindo depois com a segunda Leitura, Bento XVI fez notar que o apóstolo Paulo, “o maior evangelizador de todos os tempos”, escreve que o seu Evangelho “não se difundiu apenas por meio da palavra, mas também com a potência do Espírito Santo e com plena certeza.
“Para ser eficaz, a evangelização tem necessidade da força do Espírito, que anime o anúncio e infunda em quem o transmite aquela plena certeza de que fala o Apóstolo”.
A palavra grega usada por Paulo para “certeza” não exprime tanto o aspeto subjetivo, psicológico, mas antes a plenitude, a fidelidade, a totalidade. “Para ser completo e fiel, o anúncio há-de ser acompanhado de sinais, de gestos, como a pregação de Jesus. Palavra, Espírito e certeza – assim entendida – são portanto inseparáveis e concorrem para fazer com que a mensagem evangélica se difunda com eficácia”.

Relativamente ao Evangelho, a propósito da expressão usada pelos fariseus, na sua abordagem insinuante de Jesus - “tu ensinas o caminho de Deus, com verdade”, o Papa observou que “de facto o próprio Jesus é este “caminho de Deus”, que estamos chamados a percorrer”. Ele é “o caminho, a verdade e a vida”.
“Os novos evangelizadores estão chamados a caminhar por este caminho que é Cristo, para fazer conhecer aos outros a beleza do Evangelho que dá a vida. E nesta Via não caminhamos sozinhos, mas acompanhados. Uma experiência de comunhão e de fraternidade oferecida a todos os que encontramos, para lhes participar a nossa experiência de Cristo e da sua Igreja”.
É o testemunho unido ao anúncio – insistiu o Papa – que pode abrir o coração de quantos andam à procura da verdade, para que possam alcançar o sentido da vida.
Finalmente, sobre a questão do tributo a César, Bento XVI sublinhou que a Igreja, como Jesus, não se limita a recordar aos homens a justa distinção entre o âmbito político e religioso:
“A missão da Igreja, como a de Cristo, é essencialmente falar de Deus, fazer memória da sua soberania, recordar a todos, especialmente aos cristãos que perderam a própria identidade, o direito de Deus sobre tudo o que lhe pertence, isto é, a nossa vida”.

Ao meio-dia, nas palavras dirigidas à multidão de fiéis congregados na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus, Bento XVI falou de novo do Ano da Fé que decorrerá a partir de 11 Outubro de 2012, quinquagésimo aniversário da abertura do Vaticano II, informando que sairá já nos próximos dias a Carta Apostólica destinada a ilustrar as motivações, finalidades e linhas orientadoras desta iniciativa.
“Também o servo de Deus Paulo VI promulgou um idêntico ‘Ano da Fé’, em 1967, por ocasião do XIX centenário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo, e num período de grandes abalos culturais.Considero que, decorrido meio século desde a abertura do Concílio, ligada à memória do Beato João XXIII, é oportuno recordar a beleza e a centralidade da fé, a exigência de a reforçar e aprofundar a nível pessoal e comunitário, fazendo-o não tanto numa perspetiva celebrativa, mas antes missionária, na perspetiva da missão ad gentes e da nova evangelização”. 


fonte: http://www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=529471

A modernidade e o relacionameto


Sexo virou brincadeira,
Abraço é desculpa pra se aproveitar.
Beijar na boca virou disputa. 
Eu te amo virou bom dia.
Alianças vão parar no bolso.
Elogiar é chamar de gostosa.
Namoro é brega.
Amor é perda de tempo.
Pessoas ligam por aparência...
É, cada vez mais o ser humano
se perde em coisas tão simples e transforma o que deveria ser puro e bonito em algo sujo, feio, sem graça e sem
valor algum. Se você ainda acredita no Amor, faça valer a pena o
ato de dizer: Eu te amo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Dos tratados sobre São João, de Santo Agustinho, bispo


Ninguém vem Amim a não ser que o Pai o atrai (6,44). Não penseis ser atraído contra a vontade. A alma humana é atraída também pelo amor. Nem devemos temer que os homens que pensam as palavras e q1ue estão muito longe da compreensão das cosias divinas nos venham talvez censurar por causa desta palavra evangélica da Escritura, e nos dizer: “Como é que creio por livre vontade se sou atraído”? Respondo eu: livre vontade é pouco; és atraído, também, pelo prazer”.
Que significa ser atraído pelo prazer? Busca tuas delicias no Senhor e ele atenderá os pedidos do teu coração (Sl 36,4). Há um gozo do coração, seu pão delicioso é o celeste. Contudo se possível o poeta dizer: “Cada um se deixa atrair por se prazer”, não pelo seu constrangimento, mas pelo prazer, não pela obrigação, mas pelo deleite, com quanto mais força temos de dizer que o homem é atraído para Cristo.
Se têm os sentidos do corpo sua satisfação, estará o espírito privado de suas alegrias? Se o espírito não conhece delícias, como se disse então: Os filhos dos homens abrigam-se à sombra de suas casas, inebriam-se com as riquezas de tua casa e tu lhe darás de beber da torrente de tuas delícias, porque em ti está fonte de tuas delícias, por que em te está a fonte da vida e à tua luz veremos a luz (Sl 35, 8-10)?
Apresenta-me alguém que ame e entenderá o que falo. Mostra um desejoso, um faminto, um sedento peregrino deste deserto que suspira pela fonte da pátria eterna, mostra alguém assim e saberás de que falo. Se, porém, falo a um indiferente, não compreenderá o que digo.
Estendes um ramo verde a uma ovelha e atrais. Mostram-se nozes a um menino, e é atraído. E corre para onde é atraído, amando, é atraído, é atraído sem violência corporal, é atraído pelo laço do coração. Se, entre as delícias e prazeres terrenos, aqueles que se apresentam aos seus apaixonados exercem forte atração sobre eles, pois é bem verdade que “cada um se deixa atrair por seu prazer”, não atrairá o Cristo revelado pelo Pai? Que deseja a alma com mais veemência do que é verdade? Por isso, deve-se ter uma boca faminta. Para que deseja ele ter uma fome espiritual são, senão para discernir as coisas verdadeiras, para comer e beber a sabedoria, a justiça, a verdade, a eternidade?
Diz o Senhor: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, cá na terra, porque serão saciados (Mt 5,6), lá no céu. Eu lhe entreguei que ama, entreguei o que espera. Vera o que acreditou ainda sem ver. Comerá aquilo que tem fome, será saciado por aquilo que tem sede. Quando? Na ressurreição dos mortos, porque eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6,54).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Da Homilia na Dedicação na Basílica Nacional de Aparecida de João Paulo II


A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda

“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada a senhora Aparecida!”

Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança para aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe.

Sim amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação intima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos do seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem mancha original, preservada do pecado e cheia de graça. 

Ao confessar-se Serva do Senhor (Lc. 1,38) e ao pronunciar o seu sim, acolhendo “em seu coração e em seu seio” o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias de salvação, vias que convergem todas para Cristo seu Filho, e para a sua obra redentora.

Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concílio Vaticano II: “A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece”.  Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e na ação desta mesma Igreja. Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis, pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização?

Assim, a “Estrela da Evangelização”, como a chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho. Este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, não pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem certamente incidências na história humana coletiva e individual, mas é fundamentalmente um anúncio de libertação do pecado para a comunhão com Deus, em Jesus Cristo. De resto, esta comunhão com Deus não prescinde de uma comunhão dos homens uns com os outros, pois os que se convertem a Cristo, autor da salvação e princípio de unidade, são chamados a congregar-se em Igreja, sacramento visível desta unidade humana salvífica.

Por tudo isto, nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo, com total aderência à tradição antiga e com pleno respeito e amor pelos membros de todas as comunidades cristãs, desejamos unir-nos a Maria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade. Discípulos de Jesus Cristo neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo de fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremos fazê-lo através das expressões da piedade mariana da Igreja de todos os tempos.

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa”.

Mártires de Cristo lá e cá

Dom Henrique Soares da Costa, 
bipo auxiliar de Aracaju -SE

Nenhum outro grupo religioso tem sofrido tantas perseguições quanto os cristãos. E ninguém liga, ninguém grita por eles... Agora mesmo, estamos vendo os cristãos do Egito sofrendo por parte dos muçulmanos. Mas, não é só no Egito não: há os vários países islâmicos, há o governo ateu da China, há até mesmo regiões budistas e hinduístas onde somos perseguidos... E como machuca, como dói, como é triste...


Mas, existe um outro tipo de perseguição, mais silenciosa e camuflada: aquela das nossas sociedades ocidentais, que procuram desacreditar a nossa fé, que faz de tudo para nos marginalizar e ridicularizar, que exalta tudo quanto seja anticristão. Um pequeno exemplo? Na Austrália e na Inglaterra já se pensa seriamente em eliminar a expressão “antes de Cristo” e “depois de Cristo” para identificar os anos e séculos... Cristo deve desaparecer – e ai dos cristãos.


A perseguição aberta, física, cria resistência, fortalece a fé de muitos, faz com que os perseguidos renovem a consciência de que pertencem ao Senhor e não ao mundo. O mártir de Cristo toma consciência plena de que o mundo nos odeia, como odiou o nosso bendito Senhor. Mas, a perseguição velada, camuflada, tende a nos enfraquecer, a nos acovardar, a nos render ao mundo. Quantos cristãos vão aderindo ao modo mundano de viver, sem perceber que o mundo mundano nos despreza e ridiculariza. Dá pena certas ilusões de que se pode dialogar com certo mundo!


Nosso critério não é o diálogo, mas a verdade de Cristo. E a verdade de Cristo não é uma teoria, mas o próprio Cristo e o caminho que ele percorreu. Nesse sentido, como não recordar aquelas palavras perturbadoras da Epístola aos Hebreus? “Corramos com perseverança na competição que nos é proposta, com os olhos fixos em Jesus, que vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição. Em vista da alegria que o esperava, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensai, pois, naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. Vós ainda não resististes até ao sangue, na vossa luta contra o pecado” (Hb 12,1b-4). Palavras deveras perturbadoras! Um convite claro a seguir nosso Jesus, a fazer nossa a sua experiência, a colocar nossos passos nos seus passos: ele é o autor e consumador da nossa fé – e não se pode crer nele sem seguir o caminho dele. Em vista de uma existência humana gloriosa da glória do mundo – aquela que Satanás lhe propôs nas tentações -, ele prefere a fiel obediência ao Pai e, suprimido deste mundo por artimanha dos pecadores, suportou a cruz e triunfou na lógica de Deus!


Não, Irmão! Nosso caminho não pode ser diferente! Não somos iguais ao mundo, não podemos pensar como o mundo! Não somos melhores nem piores, mas somos diferentes: nosso critério é Cristo, nossa esperança é Cristo, nossa vida é Cristo! Nossa referência nunca poderá ser o mundo, na tentativa de agradá-lo ou parecer-lhe simpático, na ilusão de que isso o atrairia a Cristo. Essa imitação do mundo somente nos faz fracos, ambíguos e ridículos. Cristo nos chama a correr com ele a corrida da fé, a combater com ele o combate de ser fiel ao Pai. O Senhor nos convida a resistir, a não ter medo das piadinhas, a não vacilar ante as tentativas de ridicularizarem nossa fé, a não fazer concessões ao pecado... Ante um mundo secularizado e anticristão, somos chamados a olhar Jesus e sermos cada vez mais fieis a ele, sem meios termos, sem “mas” nem “porém”.
Que o Senhor socorra com a força potente do seu Espírito os cristãos perseguidos de morte e de modos diversos nos vários pontos deste mundo. Uma coisa é certa: sua palavra: “No mundo tereis tribulações! Tende coragem: eu venci o mundo!”

 


fonte: VISÃO CRISTÃ, disponível em: http://costa_hs.blog.uol.com.br/

domingo, 9 de outubro de 2011

UM EMAIL ENVIADO POR UMA AMIGA QUE MERECE UMA ATENÇÃO


O EMAIL que segue merece nossa atenção.
"A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: 'Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?'
 Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia: 'Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.
Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.

Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?'

À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc...

Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar e roubar, mas amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.

Logo depois o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater (não espancar) em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: 'Um perito nesse assunto deve saber o que está falando'. E então concordamos com ele.

Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum professor poderia disciplinar os alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar).

Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar.

Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: 'Está bem!'

Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.

E nós dissemos: 'Está bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso'.

Depois outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de Crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.

Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado; porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que semeamos!

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: 'Senhor, porque não salvaste aquela criança na escola?' A resposta dele: 'Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!' É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que o Evangelho, ou do que a sua religião, que você diz que segue ensina.

É triste como alguém diz: 'Eu creio em Deus'. Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal, também ''Crê'' em Deus. É engraçado como somos rápidos para julgar, mas não queremos ser julgados!

Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus, as pessoas têm receio de compartilhar e reenviá-los a outros!  É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho".