Muitos afirmam, categoricamente, que Deus não existe, sem conhecerem o autor dessa fase nem o seu contexto. Falam sem uma honesta reflexão. E, quando falam é na tentativa de auto se afirmarem, ao mesmo tempo, que para isso, tenha que nega o ser. Pois, se Deus não existe, logo, tudo que vem a partir dEle também não existirá. Nem mesmo aquele que nega a sua existência. Existindo Ele é notado: conhecido, ignorado, aceito ou rejeitado. Com ou sem estes acidentes eu existo, independente da afirmação positiva ou negativa de quem interpela.
Há aqui um fechamento do eu para o Tu, que é infinitamente Outro, que é sempre aberto para tu. Pois, O mesmo se deu a conhecer.
“Quem dizem os homens que eu sou” (Mc 8 27)? Partindo para o lado pessoal, mesmo que a priori muitos não saibam responder, por ignorância ou rejeição, eu existo. Não como idéia, mas como persona (pessoa). A posteriori, muitos poderão dizer quem eu sou; quer agrade quer desagrade. Porém, para dizer com propriedade, mister se faz me conhecer. Conhecendo saberá dizer quem eu sou. Não agradando, serás indiferente com a minha existência. Mesmo na indiferença, eu existo.
Então, “quem dizes que eu sou” (Mc 8,29)? Saberás responder se me conhecer, do contrario, suas afirmações serão a penas suposições. Suposições são apenas suposições não uma verdade, mas a ignorância dela. Destarte ignorância é vencível, não a vencendo, permanecerás no erro. Por que o erro está tornando-se invencível? Está se tronando invencível graças ao relativismo dos universais numa tentativa de universalizar o que é relativo. Isto é, meio caminho andado para o indiferentismo. Foi o indiferentismo que há mais de dois mil anos matou o Filho de Deus. É este mesmo indiferentismo fez o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) declarar a morte de Deus.